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Frigorífico que vendeu carne estragada em enchente no RS para virar ração denunciou empresa ao notar que comprou carne de volta

Saúde

Picanha que estragou em enchente no Sul estava à venda, 8 meses depois, na empresa que a comprou para fazer ração – Imagem: Reprodução/TV Globo

Segundo a Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), a Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios, arrematou 800 toneladas de proteína animal deteriorada de um frigorífico de Porto Alegre alegando que faria ração animal. Mas a carga foi vendida para açougues e mercados de todo o país.

Quatro pessoas foram presas em flagrante, esta quarta-feira (22), no desdobramento de uma operação contra uma empresa, suspeita de comprar e revender carne para consumo humano que ficou submersa nas inundações históricas de Porto Alegre. Entre os detidos está o dono da empresa.

As investigações apuraram que a empresa em questão adquiriu 800 toneladas de proteína deteriorada de um frigorífico de Porto Alegre.

Autorizada a fazer o reaproveitamento de produtos fora do prazo, alegou que a carne seria transformada em ração animal. No entanto, as autoridades viriam a descobrir que a carne foi colocada à venda para açougues e mercados de todo o país. 

A carne foi “maquiada” para esconder a deterioração provocada pela lama e pela água. Numa das buscas, foi encontrada carne estragada

Uma empresa que funciona em Três Rios, município no centro-sul fluminense, a cerca de 120 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, é suspeita de revender carne que foi encontrada estragada durante as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024.

Policiais civis da Delegacia do Consumidor realizaram diligências da Operação Carne Fraca nesta quarta-feira (22/1) e prenderam uma pessoa em flagrante. De acordo com os investigadores, as carnes chegaram a ficar submersas.

Foram cumpridos ainda mandados de busca a apreensão em endereços ligados a suspeito de participar da quadrilha que comercializou a carne imprópria para o consumo.

As investigações começaram depois que a empresa procurou a polícia para dizer que notou ter comprado a carne estragada de volta como se estivesse boa e própria para consumo humano.

Ganhos de 1.000%

De acordo com a investigação, que contou com apoio da Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, em maio e junho, os sócios da empresa se aproveitaram da tragédia para adquirir 800 toneladas de carne bovina que tinham ficado submersas “muitos dias” em Porto Alegre.

“Segundo as notas fiscais, a carne boa estava avaliada em torno de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por R$ 80 mil”, declarou Vieira.

A Tem di Tudo Salvados é autorizada a fazer o reaproveitamento de produtos vencidos e alegou aos produtores gaúchos que a mercadoria seria transformada em ração animal.

Eles alegavam que a intenção era a fabricação de ração animal. No entanto, a investigação descobriu que o destino do produto impróprio era outro. As carnes foram vendidas para outras empresas. A movimentação fez com que o grupo tivesse lucro “de mais de 1.000%”, segundo a Polícia Civil fluminense, “colocando em risco consumidores de todo o Brasil”.

Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.

Fontes: g1e noticiasaominuto – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb/@Giramundoweb

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