Guaíba segue inundando o Cais Mauá com cota acima de 3,30 metros | FILIPE KARAM/PMPA
Nível do Guaíba começou nova curva de alta a partir do final da madrugada com vento Sul trazido por uma frente fria no estado
Não caiu uma gota de chuva até agora em Porto Alegre, mas o nível do Guaíba voltou a se elevar nas medições da capital gaúcha na manhã desta quarta-feira. O motivo está no vento que passou a soprar do quadrante Sul sobre a Lagoa dos Patos, o que acaba por gerar represamento.
O que ocorre?
Quando há vento soprando do quadrante Sul sobre a lagoa, há efeito de “empilhamento” da água que dificulta o escoamento das águas do Guaíba para o Sul, na direção da lagoa, que já está com seu nível muito alto e retarda o escoamento, com ou sem vento.
A previsão é de vento Sul no Norte da Lagoa dos Patos até sexta-feira, porém, conforme os dados dos modelos meteorológicos, deve soprar com velocidades maiores (40 km/h a 60 km/h sobre a lagoa) entre hoje e o começo da quinta.
O que ocorre agora é exatamente o que a MetSul Meteorologia descrevia e alertava em boletim no domingo, quando informou que o Guaíba teria uma cheia de “grandes proporções”, que poderia romper a marca de 3 metros e que entre quarta-feira e quinta poderia haver um repique por vento Sul.
O nível do Guaíba começou uma trajetória de baixa na tarde de ontem e às 4h da manhã desta quarta a cota no Cais Mauá havia caído para 3,26 metros. Com a mudança do vento para Sul na lagoa, o Guaíba voltou a subir e estava com 3,32 metros no meio da manhã de hoje.
O Guaíba atingiu ontem (21) entre 8h e 9h da manhã a maior cota desde a enchente de 1941 com 3,46 metros. Com isso, a cheia de novembro de 2023 se torna a terceira maior da história da capital, nos últimos 150 anos, só atrás das cotas de 4,76 metros de 1941 e 3,50 metros de 1873.
Fonte: METSUL.COM DIVULGAÇÃO: scctv.net.br