Roger Machado continua no cargo, apesar dos maus resultados e da queda do desempenho do time | Foto: Ricardo Duarte / Inter
Após cobranças públicas, dirigentes estão cientes de que o resultado do Gre-Nal definirá permanência ou não de Roger
Ao manter Roger Machado no comando técnico do Inter, a despeito da flagrante queda de rendimento e da goleada sofrida para o Palmeiras por 4 a 1, no sábado passado, o presidente Alessandro Barcellos fez uma aposta arriscada. Se vencer o Gre-Nal 448, que será disputado no próximo domingo, no Beira-Rio, o time colorado pode iniciar uma recuperação dentro do Campeonato Brasileiro. Se, por outro lado, perder para o tradicional rival, o que não ocorre há oito clássicos, a mudança no departamento de futebol deverá ser mais profunda do que apenas a troca de treinador.
Ainda no Allianz Parque, o sentimento era de intensa frustração entre todos da delegação. Não só pelo resultado em si, mas principalmente pela forma como tudo ocorreu. O Inter não conseguiu reagir, nem mostrou indignação. Depois da partida, houve uma espécie de distribuição da responsabilidade pelo momento do time, com os jogadores recebendo a maior parte da carga. Em suas entrevistas, Roger Machado e o vice de futebol, José Olavo Bisol — que pode ser ele mesmo mais uma vítima da crise —, usaram adjetivos fortes para definir a derrota e a atuação do time, algo que não é tão corriqueiro no mundo do futebol.
“Para nós, é uma vergonha sair daqui com esse resultado”, afirmou o dirigente. Bisol também declarou que ficou “indignado” com a “postura” e a “capacidade de engajamento” do Inter em campo. Ou com a falta de ambos, no caso. “Verdadeiramente, isso não representa o Inter, o tamanho do Inter”, disse.
Ontem, além de treinos, o reencontro entre jogadores, comissão técnica e dirigentes foi de reunião e conversas. Trata-se da última tentativa para promover o comprometimento da equipe colorada visando à reta final do Brasileirão. Por tudo que aconteceu entre agosto e o início de setembro, desde o final do recesso para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, o sentimento entre todos no vestiário colorado é que o Gre-Nal é a derradeira oportunidade para o Inter reencontrar-se. Ou vence e respira. Ou a crise se aprofunda com novas alterações de rumo dentro e fora de campo.
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Manifestação acontece após goleada sofrida para o Palmeiras e tem conversa com José Olavo Bisol e D’Alessandro

Um grupo de cerca de 20 integrantes de uma torcida organizada do Inter foi ao CT Parque Gigante na manhã desta terça-feira para protestar contra as atuações do time. A Brigada Militar chegou a ser acionada pelo clube para intervir na situação. Duas viaturas foram até o local.
O protesto, no entanto, não foi violento. O grupo de torcedores conseguiu acessar áreas restritas do centro de treinamento e foi recebido pelo vice-presidente de futebol, José Olavo Bisol, e pelo diretor técnico, D’Alessandro. Após a conversa com os dirigentes, os torcedores deixaram o local.
O incidente não chegou a atrapalhar a rotina da equipe. O treino comandado pelo técnico Roger Machado no gramado do CT ocorreu normalmente, já que os torcedores não conseguiram chegar até o campo de treinamento.
A crise no time colorado se aprofundou após a goleada por 4 a 1 sofrida para o Palmeiras, no último sábado. A pressão sobre a equipe aumenta para o clássico deste domingo contra o Grêmio, no Beira-Rio. Em caso de uma nova derrota, mudanças na comissão técnica do clube são esperadas.
História de Fabrício Falkowski – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb/@Giramundoweb/@SCCTV3





