O suspeito foi preso pela Polícia Civil na sua casa na Capital gaúcha Foto: Polícia Civil/Divulgação
Um advogado e professor de Direito suspeito de praticar crimes sexuais foi preso pela Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (26), em sua casa em Porto Alegre.
O caso de crimes sexuais, que tem como principal suspeito o professor de Direito e advogado Conrado Paulino da Rosa, teve novos desdobramentos nesta sexta-feira a partir da prisão dele pela Polícia Civil. Segundo informações das delegadas Tatiana Bastos e Fernanda Campos, o número de vítimas chegou a 13. E há informações de mulheres de fora do Rio Grande do Sul que teriam sido violentadas.

Conforme a delegada Fernanda Campos, das 13 vítimas, 11 foram identificadas. “O número é diferente porque nós recebemos relatos dos fatos, mas elas não autorizaram a identificação”, explicou em entrevista coletiva concedida em Porto Alegre.
Seis mulheres que teriam sido vítimas de Conrado Paulino da Rosa foram encaminhadas para avaliação psicológicas e quatro já passaram por atendimentos.
A delegada Fernanda explicou como se deu a prisão e motivo que levou a polícia a realizá-la no dia de hoje. “A prisão foi tranquila. Ele não ofereceu resistência e estava acompanhado da defesa. Além disso, a detenção se deu porque eu identifiquei em algumas vítimas o medo de dar depoimento por ele estar em liberdade. A prisão é temporária servirá para proteger a investigação e pode sim ser convertida em preventiva”, afirmou.
Conforme a delegada, a investigação não identificou a participação de outras pessoas nos crimes.
O professor foi desligado neste mês da FMP (Fundação Escola Superior do Ministério Público), onde lecionava, após o caso repercutir na imprensa.
Em comunicado, a instituição de ensino afirmou que a decisão ocorreu “em caráter administrativo, conforme previsto no regimento interno da FMP, sem a realização de juízo antecipado sobre eventuais responsabilidades relacionadas a fatos externos”.
A OAB/RS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional gaúcha) declarou que instaurou um processo ético-disciplinar para apurar o caso e manifestou “profunda preocupação”.
O que diz a defesa do suspeito
Nas redes sociais, o advogado afirmou confiar que “a verdade dos fatos se sobressairá” e disse repudiar “qualquer forma de violência contra a mulher”.
“Quem conhece minha trajetória de décadas sabe do respeito que possuo pela minha profissão e como conduzo minha vida pessoal. Confio que, com a apuração completa, após a minha oitiva e de minhas testemunhas, e a análise da documentação que será apresentada, a verdade dos fatos se sobressairá. Confio no trabalho das autoridades, pessoas técnicas e idôneas, mas ao menos por ora respeitarei o sigilo da investigação e evitarei qualquer outra forma de exposição desnecessária. O Dr. Paulo Fayet, profissional em quem confio e agradeço, já foi constituído e está adotando todas as providências necessárias. Por fim, não se pode esquecer que investigação não equivale à condenação. Muito menos enquanto ainda não formalizado o contraditório e ampla defesa, de sorte a ferir também a ampla presunção de inocência. Repudio qualquer forma de violência contra a mulher e é indispensável que haja responsabilidade na divulgação de informações sigilosas sem autorização”, diz o texto divulgado pelo professor.

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