Quase 11 mil brasileiros morreram no ano passado tendo o HIV ou a aids como causa básica.
Foto: Cristine Rochol/PMPA
Nessa sexta-feira (1º), foi celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Na mesma data, teve início o chamado Dezembro Vermelho, com o intuito de alertar e conscientizar sobre formas de contágio e tratamento da doença e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
O mês também marca a luta contra o preconceito em torno da condição.
Em virtude desta data, o Ministério da Saúde divulgou, na última quinta (30), o Boletim Epidemiológico – HIV e Aids 2022. Conforme o levantamento, o Rio Grande do Sul apresentou, pelo terceiro ano consecutivo, a maior taxa de mortalidade entre os estados brasileiros. Enquanto Porto Alegre é a capital com a maior taxa.
No último ano, o Estado teve 7,3 mortes pela doença a cada 100 mil habitantes. Em 2022, 1.130 pessoas faleceram em decorrência da doença no Rio Grande do Sul.
Já Porto Alegre apresentou quase 24 óbitos a cada 100 mil pessoas, quantia que representa seis vezes a média nacional, de 4,1, apresentando um aumento de 5% em relação ao ano anterior (em 2021, foram 22,6 óbitos por 100 mil habitantes).
A capital gaúcha e a Região Metropolitana possuem 1,6% de sua população total portadora do vírus. Porto Alegre foi ainda a 5ª capital brasileira com maior taxa de detecção de Aids, com 47,9 casos por 100 mil habitantes e a capital brasileira com a maior taxa de detecção de gestante HIV, com 17 casos de gestante HIV por mil nascidos vivos.
A Aids sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana – da sigla em inglês).
A Aids se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas, que são doenças que normalmente o corpo humano controla, mas que na presença do HIV elas se manifestam com maior frequência.
Entre elas estão tuberculose, toxoplasmose ou alguns tipos de câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo.
Balanço nacional
Quase 11 mil brasileiros morreram no ano passado tendo o HIV ou a aids como causa básica. Do total das 10.994 mortes registradas, os negros representam quase o dobro de brancos: Foram 61,7% mortes entre pessoas negras, sendo 47% pardos e 14,7% pretas; Os brancos representaram 35,6% do total.
Foram registrados 43.403 de casos com HIV no ano passado, de acordo com o novo boletim epidemiológico divulgado pela pasta. A estimativa é que um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2007 e junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maior incidência é entre homens e na faixa etária entre 25 e 39 anos.
A estatística é liderada pela região Sudeste, 203 mil; seguida do Nordeste, com 104 mil casos; Sul com 93 mil; Norte com 49 mil; e 38 mil no Centro-oeste.
Fonte: MS – Divulgação: scctv.net.br