O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, quer atrair funcionários do setor de tecnologia que possam ter trabalhado nos EUA antes das novas taxas de visto do presidente Donald Trump.
“O que está claro é que existe a oportunidade de atrair pessoas que antes teriam os chamados vistos H-1B”, disse Carney a repórteres em Londres no sábado (27). Ele acrescentou que muitos desses trabalhadores estão no setor de tecnologia e se mostram dispostos a se mudarem de país para trabalhar.
Trump assinou uma ordem executiva na semana passada impondo taxas de US$ 100 mil (R$ 534,4 mil) para novos vistos H-1B, criando confusão e frustração para empresas que dependem do programa para atrair talentos globais em programação de computadores, engenharia e outras funções. O visto é uma licença para empresas americanas contratarem temporariamente profissionais estrangeiros qualificados para vagas específicas.
À medida que o governo canadense revisa sua estratégia de imigração, ele levará em consideração a absorção desse tipo de talento e terá uma “oferta clara sobre isso”, disse Carney.
A Alemanha e o Reino Unido também estão se promovendo como um destino alternativo para trabalhadores qualificados que agora enfrentam obstáculos extras para chegarem aos EUA.
Durante anos, setores altamente qualificados do Canadá, como tecnologia e saúde, sofreram uma fuga de talentos para os EUA.
Agora a taxa é uma oportunidade significativa para o Canadá, em um momento em que o país busca respostas para o baixo crescimento da produtividade e o peso econômico das tarifas dos EUA.
“Cidades como Vancouver ou Toronto vão prosperar, em vez das cidades americanas”, disse Garry Tan, CEO da famosa incubadora de startups de São Francisco, Y Combinator, que ajudou a lançar a Airbnb Inc. e a Stripe Inc., em uma publicação no X.
A política de Trump é um “presente enorme para todos os centros de tecnologia no exterior” ao erguer uma “cabine de pedágio” para empresas menores dos EUA contratarem talentos, disse ele na publicação, que foi posteriormente excluída.
Empresas como Amazon.com Inc., Microsoft Corp. e Alphabet Inc. já mantêm escritórios nas principais cidades canadenses e poderiam acelerar as contratações para contornar a taxa americana —além de pagarem salários mais baixos do que as empresas localizadas ao sul da fronteira.
A Amazon tinha mais de 8.500 funcionários corporativos e de tecnologia em seus centros de tecnologia em Vancouver e Toronto há um ano, segundo informações divulgadas pela empresa. A Microsoft tinha 2.700 funcionários em um centro de desenvolvimento em Vancouver em abril.
Mark Carney observou que as universidades do Canadá estão entre as maiores produtoras de graduados talentosos em inteligência artificial e computação quântica, mas “a maioria deles vai para os Estados Unidos”.
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História de Layan Odeh e Curtis Heinzl – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb/@Giramundoweb/@SCCTV3






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