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Torcedor do Inter foi ao Beira-Rio apoiar o time, mas saiu frustrado com nova eliminação

Discurso de Renato encontra eco no Beira-Rio antes e depois das eliminações coloradas

Esportes

Diferentes vozes do Inter repetem o tom de lamentação do treinador gremista ao longo do ano. Foto: Fabiano do Amaral

Se no tema do empréstimo do estádio não houve acerto entre azuis e vermelhos, falas repetidas de Renato Portaluppi ao longo da temporada convergem com o discurso recente no Beira-Rio.

No que diz respeito aos resultados negativos, algumas das explicações antes invariavelmente ouvidas pelo treinador do Grêmio passaram a ser ditas também pelos personagens do Inter.

Verdade que começou com um personagem fora do atual contexto colorado. E antes das eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana.

“Sei que é muito difícil não ter um lugar estável, não saber onde vamos jogar, onde ficaremos, mas estamos concentrados o tempo todo, mesmo longe da família. É difícil para os jogadores”, dizia Eduardo Coudet, instantes depois do Inter perder para o Atlético-MG no último lance do jogo, em Criciúma .

A partida era a primeira depois da vitória no Gre-Nal (a última nos últimos nove jogos). E o desabafo era mais uma pista do que viria por acontecer ali adiante. “No futebol é difícil, a verdade é que vem tempos difíceis.

Seis jogos em 20 dias. Temos que fazer mais de 15 mil quilômetros, não jogaremos na nossa casa”, completou.

Duas semanas depois, a derrota, desta vez já no Beira-Rio para o Juventude, custou o emprego do técnico. Foi a vez então do presidente colorado admitir com mais clareza o que antes só se ouvia com maior volume no lado gremista, talvez por Renato centralizar o discurso na maioria das adversidades do Grêmio.

“O tema das enchentes contribuiu muito no aspecto físico e no aspecto mental também. Ouso dizer que é bom o convívio de um grupo que se reúne em torno de um propósito, mas ele tem que ter desafogos, saídas. Vivemos quase um momento de estarmos enclausurados. Desgasta também”, revelou Alessandro Barcellos.

Outras duas semanas se passaram e enquanto o assunto das enchentes e do desgaste do convívio e viagens retomava nas coletivas tricolores, o Inter se viu diante de uma outra decisão.

Foi eliminado novamente no Beira-Rio, desta vez pelo Rosario, agora pela Sul-Americana, com um treinador diferente, mas com o mesmo capitão. Alan Patrick, dono da braçadeira desde a metade de 2022, tratou de rechaçar qualquer problema interno:

“Quando não se ganha tentam deixar o ambiente turbulento. A cobrança existe e a gente tem tentando fazer isso a cada dia.”

Na parede para explicar mais uma frustração, foi outro a repetir, sem citar o nome, o que disse não faz muito tempo o técnico gremista: “Que a gente possa contar também com a sorte”.

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O Inter volta a campo no próximo sábado, em Salvador contra o Bahia, um dos destaques do Brasileirão, única competição restante no calendário colorado na temporada. Recém-chegado, Roger Machado deixou bem clara a primeira providência a ser tomada em situações como essa.

Independentemente de quem é o autor da frase, trata-se de uma verdade seja ela em azul ou vermelho: “O que rompe esses momentos de instabilidade são as vitórias.”

Fonte: João Paulo Fontoura/Rede Record – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb

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