Juros e crédito seguem sendo riscos mais altos quando se trata de educação financeira. – (Foto: Freepik)
Após as tradicionais contas de janeiro – IPVA, IPTU, matrícula escolar e outras – o consumidor brasileiro costuma colocar em prática as resoluções de fim de ano, que também são financeiras: abrir um negócio, comprar uma casa, um carro ou qualquer item a longo prazo, por exemplo. Mas qualquer é o momento apropriado para isso?
Felipe Giroleti, VP de Business da fintech Franq, listou 3 tendências para 2024 que podem ajudar o consumidor brasileiro a ficar atento nas finanças pessoais. Juros e crédito seguem sendo riscos mais altos quando se trata de educação financeira.
“Aos poucos os brasileiros habituam-se a ler as entrelinhas do mercado financeiro, que tende a melhorar em 2024 por conta da redução iminente da inflação. A atenção deve estar voltada para a variedade de opções – existe uma solução para cada momento de vida do consumidor”, explica Giroleti.
É a hora da casa própria?
O crédito imobiliário é uma das soluções financeiras que deve voltar ao centro das atenções em 2024, um investimento que já tem o endosso dos brasileiros.
“A educação financeira deve demandar ao consumidor entender as diferentes opções de financiamento, taxas de juros, prazos de pagamento, e como esses fatores afetam o custo total do imóvel”, orienta o vice-presidente da Franq.
Juros e crédito
A trajetória de juros no Brasil mudou em 2023: após três anos de aumento da Selic, o Comitê do Banco Central baixou os juros básicos da economia. Hoje, o patamar está em 12,25%, e aguarda nova decisão do Copom nos próximos dias 12 e 13 de dezembro, com expectativa de fechar o ano em 11,75%, segundo o último Boletim Focus.
Segundo Ricardo Hammoud, professor de Economia de Ibmec SP, é preciso ficar de olho nos juros passados ao consumidor final.
“Cada vez mais, agora com a redução dos juros da Selic, da taxa básica, vai começar a a baratear um pouquinho o crédito. É importante o consumidor perceber que não é só porque o crédito é um pouco mais barato que ele deve parcelar e fazer todas as contas pagando juros. Só que isso não é o chamado a que as pessoas peguem mais empréstimos sem necessidade”, recomenda o professor.
O especialista da Franq também reforça o recado e sugere uma saída. “Os brasileiros têm aprendido também que os consórcios são especialmente atraentes para quem busca uma alternativa mais acessível e menos onerosa ao crédito tradicional. Portanto, a procura pelo entendimento dessa solução deve clarear dúvidas sobre as nuances dos produtos, como a formação de grupos, lance, sorteios e a gestão das parcelas”, diz.
Empréstimos com fintechs
Se o consumidor precisa pegar dinheiro emprestado para comprar alguma coisa, fazer o financiamento de um imóvel ou qualquer outro tipo de investimento, abrir uma empresa, por exemplo, vale buscar outras soluções para achar crédito mais barato.
“As fintechs estão cada vez mais atuantes e cada vez mais empréstimos que a gente chama de peer to peer, de pessoas para pessoas: ou seja, a pessoa coloca o dinheiro e aquela plataforma é apenas uma intermediária”, orienta Hammoud.
Ele acrescenta o porquê de sair do ‘mais do mesmo’. “Sempre fugir dos meios mais tradicionais de tomada de empréstimo, pois esses normalmente são os mais caros, como cartão de crédito, cheque especial e outras linhas de financiamento que os grandes bancos oferecem”. Então é ficar de olho, pois em 2024 as fintechs vão estar ainda mais presentes”, afirma o professor.
Fonte: IstoÉDinheiro – Divulgação: scctv.net.br