Órgão vai passar a monitorar movimentações acima de R$ 5 mil feitas por meio de operadoras de cartão e das chamadas “instituições de pagamento”. Segundo a Receita Federal, mudanças não atingem pequenos empreendedores e população em geral.
Após a Receita Federal divulgar que vai ampliar a fiscalização sobre as transações financeiras realizadas pelos contribuintes em 2025, muitos brasileiros estão em dúvida sobre as movimentações via PIX acima de R$ 5 mil feitas por meio de operadoras de cartão e das chamadas “instituições de pagamento”.
Segundo o Delegado Rafael Casimiro, desde a década de 90, a Receita Federal recebe informações de movimentações financeiras dos contribuintes, e desta forma, para a população em geral, não existe mudança.
“Se a gente for resumir bem essa novidade, para pessoa física, para o cidadão, para o pequeno comerciante, para as pessoas em geral, a maioria da população, não mudou nada. A Receita Federal já tem informações sobre essas movimentações financeiras”, disse o Delegado Rafael Casimiro.
. Entenda o que realmente muda, como isso afeta você e como evitar problemas com suas obrigações fiscais.
O que são as Instituições de Pagamentos?
💵 Instituições de pagamento (IP) são empresas que viabilizam compra, venda e movimentação de recursos, mas não oferecem empréstimos e financiamentos a seus clientes. Varejistas de grande porte, bancos virtuais, carteiras digitais são alguns exemplos.
Antes, somente os bancos tradicionais, públicos e privados, repassavam esses dados à Receita. E mais: não havia uma instrução específica na norma da Receita de que transações via PIX, cartões de débito, cartões de loja e moedas eletrônicas deveriam ser informadas.
Na prática, isso significa que pessoas físicas que receberem mais de R$ 5 mil por mês, por tipo de operação financeira (PIX, TED, cartão, saque ou depósito de dinheiro), e não declararem o valor podem ter problemas com o Fisco.
O que mudou no Pix?
Agora, instituições financeiras e operadoras de pagamento digital devem reportar movimentações superiores a R$ 5.000 para pessoas físicas e R$ 15.000 para empresas mensalmente. A Receita Federal busca modernizar o sistema de monitoramento, alinhando-se às novas tecnologias de pagamento e ampliando a transparência fiscal.
Cuidados importantes com sua conta bancária
Na sua conta CNPJ:
- Não emita nota fiscal para terceiros receberem pagamentos pela sua empresa, mesmo que eles arquem com os impostos.
- Não aceite pagamentos na conta empresarial ou na maquininha sem emitir Nota Fiscal Eletrônica (NFe).
- Emita nota fiscal para todas as vendas ou serviços realizados.
- Utilize um sistema de gestão financeira para acompanhar seu estoque caso venda produtos ou peças (o Estado monitora o que você compra e vende).
- Não comercialize nem emita nota de produtos que não foram adquiridos pela empresa.
- Evite pagar boletos pessoais (CPF) usando a conta empresarial, mesmo que você seja o sócio.
- Não utilize sua conta pessoal para quitar despesas da empresa.
- Antes de retirar dinheiro da conta empresarial, certifique-se de que todas as despesas foram quitadas e os lucros devidamente calculados.
- Envie mensalmente os extratos bancários para sua contabilidade.
Na sua conta CPF:
- Não permita que outras pessoas, nem mesmo familiares, movimentem dinheiro na sua conta bancária.
- Evite emprestar o seu cartão de crédito para terceiros.
- Não use sua conta bancária para movimentações de outras pessoas.
- Não registre bens, como carros ou imóveis, em seu nome para benefício de terceiros.
- Caso seja autônomo e não tenha MEI, registre seus rendimentos no Carnê Leão e pague os devidos impostos e o INSS.
- Se recebe aluguéis informais, regularize a situação através do Carnê Leão e pague o Imposto de Renda.
- Se é CLT, mas realiza trabalhos extras com recebimento em conta, declare esses valores e quite o Imposto de Renda correspondente.
Pix e privacidade: o que a Receita realmente monitora?
Apesar do aumento no volume de dados coletados, a Receita Federal garante que o sigilo bancário será respeitado.
Não há interesse nos detalhes individuais de cada transação, apenas nos totais movimentados. Isso significa que as informações coletadas servirão para identificar inconsistências fiscais, mas sem exposição de dados pessoais.
Não há novos impostos sobre o Pix
Circulam boatos de que a Receita Federal está cobrando impostos sobre o Pix, mas isso não é verdade. As mudanças dizem respeito à coleta de informações, e não à criação de novas taxas ou tributos.
As novas regras do Pix representam um avanço na transparência e fiscalização financeira no Brasil. Embora possam parecer exigentes, elas visam fortalecer o sistema tributário e garantir justiça fiscal para todos.
Mantenha-se informado, organize suas finanças e cumpra suas obrigações para evitar surpresas com a Receita Federal.
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Fonte: G1/News Rondônia – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb/@Giramundoweb