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Ela reconhece o erro do técnico, mas não vê necessidade de falar todas as vezes que acontecerem falhas de funcionários do Verdão.

Palmeiras: Leila Pereira define postura sobre resposta de Abel à jornalista

Educação

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, não pretende falar publicamente neste momento sobre a resposta de Abel Ferreira à jornalista Alinne Fanelli. Foto: © Lance! Media Group

Técnico Alviverde teve fala apontada como machista em entrevista coletiva

O caso aconteceu no sábado (24), quando o técnico respondeu de forma grosseira à pergunta da profissional da BandNews, em entrevista.

A mandatária republicou, no último final de semana, o comunicado oficial do treinador e do clube — que foi compartilhado em conjunto nas redes sociais. Ela reconhece o erro do técnico, mas não vê necessidade de falar todas as vezes que acontecerem falhas de funcionários do Verdão.

Única mulher presidente de um clube da Série A, Leila foi uma das poucas no meio esportivo a se posicionar diante de casos de machismo e violência contra a mulher no futebol.

Cotidiano de Abel

O Lance! apurou que a atitude de Abel Ferreira foi vista como um “caso isolado” por pessoas próximas, pois o treinador seria uma pessoa serena e que reconhece seus erros no cotidiano.

A reportagem questionou o Palmeiras se o clube estaria tomando providências educativas sobre o caso. O clube não quis comentar.

O que aconteceu com a jornalista após jogo do Palmeiras

Após a vitória do Palmeiras por 5 a 0 sobre o Cuiabá, no sábado (24), Abel foi questionado por Alinne Fanelli sobre a lesão do lateral Mayke. A jornalista solicitou, na coletiva de imprensa, uma atualização sobre o estado de saúde do jogador, que foi substituído após sentir nova contusão.

De forma apontada como grosseira e machista, Abel respondeu.

Uma coisa que vocês têm que entender é que tenho que dar satisfação a três mulheres só: minha mãe, minha mulher e à Leila. Elas são as únicas que podem me pedir explicação. Os outros podem se manifestar, elogiar, reclamar. O treinador tem que saber ouvir e aceitar. Infelizmente aconteceram coisas dentro do clube em agosto. A pior delas foram as lesões. Umas que vocês souberam e outras não – acrescentou — disse.

Segunda nota de esclarecimento do técnico

Há pouco mais de um mês, no dia 12 de julho, Abel Ferreira emitiu nota sobre outro episódio. Na ocasião, ele se posicionou após dizer em entrevista que seu time não era uma “equipe de índios”. A intenção foi fazer a referência de que o Palmeiras não é desorganizado.

Abel Ferreira, do Palmeiras, pede desculpas após frase preconceituosa

(Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

A declaração ocorreu durante entrevista coletiva no Allianz Parque, após a vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-GO nesta quinta-feira (11), pelo Campeonato Brasileiro.

Segundo a Lei Federal 7.716/89, conhecida como Lei do Racismo, garante que “serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

(Foto: Reprodução / Instagram)

– Repudio toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. Infelizmente, há expressões que continuamos a perpetuar sem que nos debrucemos sobre o seu conteúdo. Errei ao usar uma dessas expressões na coletiva de imprensa. Reconheço que palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção. Devemos todos questionar, pensar e melhorar todos os dias. Peço desculpa a todos e, em especial, as comunidades indígenas. – escreveu Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, nos stories do Instagram.

ABEL DIZ TER PEDIDO DESCULPAS À JORNALISTA

“Após o jogo de ontem, ainda no ônibus que nos trouxe de volta a São Paulo, eu telefonei para a repórter Alinne Fanelli a fim de lhe dizer que não tive, de forma alguma, a intenção de lhe causar qualquer constrangimento.
Utilizei a pergunta da referida profissional para transmitir uma mensagem que já estava na minha cabeça, sem me dar conta de que, naquele contexto, a declaração poderia gerar uma interpretação diferente ou soar hostil.
Quando concedo uma entrevista coletiva, entendo que não estou respondendo diretamente à repórter, ou ao repórter, que me faz a pergunta, mas sim a todos os presentes na conferência e também aos nossos atletas e torcedores e a todos aqueles que a acompanham por diferentes veículos de comunicação. Tanto é verdade que, nesta mesma resposta, eu utilizo o pronome ‘vocês’, no plural, em vez de ‘você’.
Lembro que, também na entrevista de ontem, expressei a minha admiração pela presidente Leila Pereira e o orgulho que sinto por ser liderado por uma mulher.
Reconheço, contudo, que fui infeliz em minha resposta e, por esse motivo, fiz questão de procurar a Alinne para me retratar e esclarecer o que considero ter sido um mal entendido.”

História de Lance – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb

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