Mais de 50 policiais civis do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo participaram da Operação Plano de Contingência – Foto : Polícia Civil
Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão e ordens de bloqueio de contas bancárias em Minas Gerais e São Paulo
Na manhã da terça-feira, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DRCPE/Dercc), deflagrou a Operação Plano de Contingência, visando desarticular um grupo criminoso de âmbito nacional, especializado em aplicar fraudes eletrônicas em massa, utilizando engenharia social e falsas páginas governamentais. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e ordens de bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Participaram da ação cerca de 50 policiais civis do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Durante o cumprimento das ordens judiciais, buscou-se a apreensão de dispositivos eletrônicos, veículos de luxo adquiridos com o dinheiro do crime e outros elementos de prova, além do bloqueio de valores para um futuro ressarcimento às vítimas.
Modus Operandi
A fraude se desenrolava a partir de uma estrutura criminosa altamente sofisticada, que ludibriava milhares de vítimas com a promessa de uma falsa indenização governamental. O golpe iniciava com anúncios patrocinados em redes sociais, que prometiam uma indenização de quase R$ 6 mil por um suposto vazamento de dados. Os anúncios direcionavam as vítimas para sites falsos que simulavam com perfeição o portal oficial do Governo Federal.
Para conferir credibilidade à fraude, os criminosos exibiam vídeos manipulados com inteligência artificial (deepfakes), utilizando imagens de figuras públicas que “confirmavam” o direito ao benefício. A vítima, então, inseria seu CPF para uma suposta verificação. Após a “confirmação”, a vítima era informada que precisava pagar uma pequena taxa para liberar o valor total. O pagamento era feito via pix para um gateway de pagamentos (empresa que processa transações) controlado pelo grupo.
Os valores eram recebidos pelo gateway, cujo proprietário é um jovem de 24 anos de Conselheiro Lafaiete (MG). De lá, o dinheiro era transferido para contas de um indivíduo de São Paulo. Para garantir o anonimato e dificultar o rastreamento, todo o grupo utilizava intensamente serviços de proxy e VPN, operados pelo pilar técnico do esquema, um jovem de 25 anos, também de Conselheiro Lafaiete.
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