Policiais civis do Espirito Santo cumpriram mandado de prisão preventiva em Vila Velha | Foto: Polícia Civil Espirito Santo
Quatro mandados de busca e apreensão mais um de prisão preventiva foram cumpridos
Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCPE/Dercc), deflagrou a Operação Falso Patrono 3, visando desarticular célula de grupo criminoso especializado em estelionatos, falsificação de documentos e falsa identidade para prática do golpe conhecido como “falso advogado”. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em Vila Velha (ES). A operação ainda contou com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo.
Um homem foi preso durante essa fase da operação. Documentos e aparelhos celulares foram apreendidos, que serão analisados a fim de confirmar a convicção de autoria. Aproximadamente 30 policiais civis dos dois estados participaram da ofensiva desta manhã.
Ainda no ano de 2024, a partir do elevadíssimo número de registros de ocorrência por parte de advogados gaúchos relatando terem sido indevidamente utilizados seus dados e de seus escritórios para contatos fraudulentos com seus clientes, foi iniciada a investigação a partir da instauração de diversos inquéritos policiais.
A partir disso, iniciaram-se diligências no sentido de identificar e responsabilizar os responsáveis pelos crimes. Foram utilizadas ferramentas tecnológicas de investigação que permitiram chegar à identificação de diversos indivíduos, sendo deflagradas duas fases da Operação Falso Patrono em 5 estados da federação, quando foram presos nove autores e cumpridas mais de 50 ordens judiciais em desfavor dos grupos criminosos.
Para possibilitar as fraudes, os autores diretos dos golpes tinham acesso a dados sigilosos de processos, vítimas e advogados. Para tanto, os criminosos recorriam a um homem de 29 anos, natural de Vitória (ES) e residente em Vila Velha, responsável por criar e vender logins de advogados vinculados a sistemas processuais como PJe, ESAJ, Projudi e eproc. Assim, possibilitava acesso a declarações, autorizações, procurações, assinaturas, processos completos, entre outros.
“Durante a investigação, verificou-se que o indivíduo também era responsável por uma gráfica clandestina que fabricava documentos falsos, além de criar e fraudar documentos digitais, contas gov, contas de aplicativo, entre outros ilícitos”, explicou o Delegado João Vitor Herédia, titular da DRCPE/Dercc.
Chama atenção a capilaridade da atuação do investigado, que além de ter sido identificado como responsável pelas fraudes do golpe do “falso advogado”, foi também responsável pela falsificação de documentos que possibilitaram as fraudes investigadas na Operação Medici Umbra, deflagrada em São Paulo em 17 de junho de 2025, em que foram presos cinco outros indivíduos responsáveis por invadir contas gov.br de médicos gaúchos e a partir daí subtraírem valores de contas bancárias.
As investigações também identificaram a participação da companheira do suspeito. O histórico criminal do casal revelou que eles já haviam sido presos juntos em 2022 em uma gráfica clandestina em Vila Velha. No local, foram apreendidos documentos falsificados, carimbos oficiais, papel-moeda e maquinário profissional para falsificações de alta qualidade. Nessa mesma ocasião, foi descoberto que a companheira do investigado era foragida da justiça de São Paulo por tráfico de drogas.
Com a deflagração da operação, a Polícia Civil ratifica o compromisso de desenvolver investigações criminais qualificadas, notadamente aquelas em que haja indícios de atuação de organizações ou associações criminosas organizadas, objetivando a máxima responsabilização criminal de todos os envolvidos, de modo a reprimir à altura a prática delitiva.
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