“Por sadismo ele arrebatou e torturou”, diz delegado sobre suspeito que manteve funcionário em cárcere em Canoas. Foto: PCRS/Divulgação
Um homem de 42 anos foi preso temporariamente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, suspeito de torturar e manter em cárcere privado um funcionário de 49 anos. A prisão ocorreu na quinta-feira (27), conforme informações da Polícia Civil.
De acordo com a 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, a vítima trabalhava para o suspeito e foi surpreendida ao chegar ao local de trabalho.
Os agentes identificaram o local onde a tortura teria acontecido e seguem reunindo provas para esclarecer os fatos.

A investigação aponta que o agressor teria utilizado um maçarico para queimar os cabelos da vítima, além de submetê-la a choques elétricos e despejar água fervente sobre suas costas, provocando queimaduras de segundo grau.
O homem também teria perfurado os joelhos da vítima com uma furadeira elétrica e a forçado a amputar parte de um dedo utilizando um alicate de corte.
Após aproximadamente oito horas de violência, a vítima conseguiu fugir e pedir ajuda.
A vítima disse que o suspeito exigia que ele confessasse um furto do seu dinheiro e cartão de crédito durante toda a sessão de tortura. Nenhum furto aconteceu. Não tem registro de ocorrência. Nada. Por sadismo ele (o suspeito) arrebatou e torturou explicou o delegado Marco Antônio Arruda Guns, da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas.
Fuga através do conhecimento
Por cerca de seis meses, a vítima trabalhou e residiu no local, o que lhe proporcionou familiaridade com a arquitetura do espaço e facilitou sua fuga.
Durante os atos brutais, ele conseguiu se aproximar lentamente de um instrumento — o mesmo usado para amputar seu dedo — com o intuito de cortar as correntes que o prendiam.
De acordo com o delegado Cristiano Reschke, diretor da delegacia regional de Canoas, mesmo ferido, o homem reuniu coragem e pulou o muro do local, conseguindo escapar após mais de oito horas sob tortura.
Ele buscou abrigo na casa da ex-companheira e logo procurou atendimento médico. O hospital acionou as autoridades locais, iniciando assim as investigações.
O suspeito tentou localizar a vítima após o crime, mas não teve sucesso. “A vítima já tinha ouvido falar que ele (o suspeito) era extremamente violento e que ele gostava de torturar pessoas“, acrescentou o delegado Marco Antônio Arruda Guns.
De acordo com a Polícia Civil, o detido possui histórico criminal por furto e é suspeito de ser usuário de substâncias como crack e cocaína. O negócio que ele gerenciava é conhecido na área por negociar cobre.
Duas mulheres, identificadas como mãe e namorada do suspeito, também estavam presentes durante as agressões. Elas passarão por investigação.
O Segredo – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb/@Giramundoweb