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Cadeia Pública de Porto Alegre | Foto: Pedro Piegas

Quase 230 presos escaparam de celas e tomam galeria após falha na Cadeia Pública de Porto Alegre

Polícia

Apenados destrancaram portas e escaparam de celas na Cadeia Pública de Porto Alegre | Foto: Pedro Piegas

Detentos retiraram cadeados e negociaram com Polícia Penal, que cedeu às exigências

Uma galeria foi tomada de assalto por 228 detentos na Cadeia Pública de Porto Alegre. Eles conseguiram destrancar cadeados e provocaram tumulto dentro da unidade após falhas de segurança no início do mês. O retorno às celas foi mediante negociação de privilégios, que foram concedidos.

O caso ocorreu em 1º de outubro, no módulo da facção Os Manos. Ali, enquanto panelas eram recolhidas ao final da refeição, presos subiram na portinhola das portas e destrancaram a parte superior das celas. Isso levou cerca de 45 minutos, tempo em que a área ficou sem vigilância.

Além disso, os cadeados tinham sido posicionados em trancas inferiores e não estavam completamente selados, o que facilitou a ação. Como se já não bastasse, tudo passou batido no monitoramento das câmeras.

Os presidiários acabaram soltos no recinto e só não atravessaram o último portão de acesso, conseguindo ainda impor demandas antes de encerrar a balburdia. Ganharam regalias de manter “facilitadores” na galeria, ou seja, detentos que podem atuar como intermediários da autoridade penitenciária com a massa prisional.

Vale destacar que esse tipo de concessão remonta ao antigo Presídio Central, onde apenados desempenhavam papel de “prefeitos”. Em outras palavras, atuavam como representantes da população carcerária e determinavam funções nas galerias onde cumpriam pena. Também lucravam por meio de extorsões e da cobrança de dívidas.

O supervisor do dia levou toda a culpa do descuido, sendo afastado de suas funções. Porém, na visão de parte da categoria, houve falta de orientações técnicas aos servidores e a medida isentou os gestores da cadeia de assumirem possíveis responsabilidades.

A reportagem contatou o diretor da CPPA, Renato Penna de Moraes, mas ele não quis fazer comentários. Por meio de nota, a Polícia Penal disse apenas que a corregedoria da instituição apura “fatos atípicos”, sem sequer mencionar o episódio. O espaço permanece aberto para outras manifestações.

O que diz a Polícia Penal

A Cadeia Pública de Porto Alegre está em funcionamento sem anormalidades, com protocolos e procedimentos empregados para garantir a segurança do estabelecimento. Qualquer fato atípico no sistema prisional é apurado pela Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário

História de Marcel Horowitz –  Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb/@Giramundoweb/@SCCTV3

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