Os acumulados de chuva neste período poderão superar os 150 mm, condição que pode agravar ainda mais a situação do estado”, destaca a nota.
A previsão indica ainda que a passagem da nova frente fria pode provocar até a formação de um ciclone extratropical nas proximidades da costa, o que causaria o incremento dos ventos vindos do leste, dificultando o escoamento das águas da lagoa dos Patos em direção ao oceano.
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“Nos dias seguintes, esta frente fria e o posterior ingresso de uma massa de ar frio e seco irá causar queda nas temperaturas e possibilidade de chuva na próxima semana”, informa a análise.
Atualmente, segundo os institutos, os rios Taquari, Caí e Sinos continuam voltando lentamente ao nível normal, da mesma forma que toda a região do delta do Jacuí. No entanto, devido à velocidade e direção dos ventos existe uma situação de estabilidade com leve tendência de subida no nível do lago Guaíba, na Grande Porto Alegre. Ao longo dos próximos dias, a volta da chuva para a região metropolitana e norte do Rio Grande do Sul pode aumentar o volume de água que chega no lago.
Conforme a previsão, a chuva volumosa deve atingir as bacias hidrográficas mais próximas à região metropolitana de Porto Alegre, como as dos rios Gravataí, rio dos Sinos e rio Caí. Além disso, ao longo dos próximos dias, a posição dos ventos na lagoa dos Patos dificultará o escoamento das águas, aumentando o risco de inundação dos municípios na região de Pelotas, Rio Grande e arredores.
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Outra região que precisa de atenção redobrada é a bacia do rio Uruguai, localizada na região da fronteira oeste do estado gaúcho com a Argentina, que deve continuar subindo pelos próximos dias.
Deslizamentos podem voltar a ocorrer
Outro alerta do documento emitido pelas autoridades é em relação aos deslizamentos de terra, principalmente nas áreas já atingidas pelos temporais da semana passada.
“Considera-se alta a probabilidade de ocorrência de movimentos de massa (em laranja no mapa) nas mesorregiões centro-oriental e ocidental rio-grandense, além da região metropolitana de Porto Alegre e nordeste rio-grandense, onde se encontra a serra gaúcha, devido aos elevados acumulados registrados ao longo da última semana, que incrementaram significativamente a umidade do solo, intensificaram processos erosivos e causaram diversos deslizamentos de terra”, diz o texto.
O volume de chuva esperado também é citado como complicador para esses eventos geológicos. Segundo a análise, “são esperados novos deslizamentos de terra em áreas urbanizadas e também quedas de barreiras à margem de estradas e rodovias, não se descartando a possibilidade de deslizamentos em encostas naturais, além de reativação de deslizamentos recentes, especialmente entre sábado (11) e domingo (12)”.
Nas demais regiões do estado também existe a possibilidade de deslizamentos e quedas de barreiras, mas em menor proporção, devido ao menor volume de chuva.
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