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A Super Quarta chegou, mas o mercado financeiro decidiu se distrair com os balanços das big techs antes de Jerome Powell falar.

Bolsas de Nova York chegam na Super Quarta contaminadas por big techs 

Geral

Microsoft divulgou o melhor crescimento de receita desde 2022, e mesmo assim começa o dia no negativo. Ibovespa deve sofrer com queda de mais de 3% no minério de ferro.

A Super Quarta chegou, mas o mercado financeiro decidiu se distrair com os balanços das big techs antes de Jerome Powell falar. 

Natural. Super Quarta, você sabe, é como o pessoal da Faria Lima chama o alinhamento de calendários das reuniões de decisão de juros do Fed e do BC brasileiro – às vezes, outros bancos centrais do mundo entram no evento. 

Só que o primeiro encontro do ano tem a pedra já cantada. Por aqui, depois que a B3 fechar, o BC deve promover mais um corte de juros de 0,50 p.p. na Selic, levando a taxa básica para ainda pesados 11,25% ao ano. E apesar dos dados recentes de inflação estarem abaixo das expectativas do mercado, ainda assim as apostas são de que o BC manterá a velocidade dos cortes por aqui.

Nos EUA, a reunião dos dirigentes do Fed deve terminar com a manutenção dos juros em 5,5% ao ano. E dados robustos de abertura de vagas de trabalho, divulgada ontem, deixa investidores mais cautelosos sobre qualquer sinalização de quando virá o primeiro corte de juros por lá. Dados da CME indicam que Wall Street conta com o primeiro corte em maio. 

A diferença entre Brasil e EUA, neste caso, é que Powell, presidente do Fed, fala após o anúncio da decisão. E ali, investidores ganham um material mais robusto para reajustar suas próprias apostas. Aqui, é preciso se contentar com o comunicado.

De qualquer forma, o dia começa azedo em Nova York – isso sem falar em outras notícias negativas vindas de outras partes do globo.

Os futuros dos índices S&P 500 e Nasdaq registram quedas substanciais nesta manhã, empurrados pelas baixas nas ações das big techs.

Na noite de ontem, a Microsoft divulgou o maior crescimento em seu faturamento desde 2022, impulsionado pelas apostas em inteligência artificial. Ainda assim, as ações recuam 1,30% no pré-mercado. Uma vertente das análises diz que investidores ficaram desapontados com dados de computação na nuvem. Mas a queda também pode ir para a conta do “comprar no boato, vender no fato”. Isso porque a ação subiu 11% apenas em janeiro, levando a companhia a ultrapassar novamente a marca dos US$ 3 tri e roubar o posto da Apple de maior empresa em valor de mercado.

Além da Microsoft, Alphabet (ou Google, se você preferir) e a fabricante de chips AMD também afundam, espalhando o sinal negativo por Wall Street.

No caso da Alphabet, a queda é de pesados 5,82%. Isso porque as receitas de publicidade avançaram 11% no último trimestre de 2023, mas menos do que o mercado financeiro esperava.

A bolsa brasileira costuma sentir quando o vento gelado sopra do norte, mesmo quando se trata de um fenômeno tech, com menos representação no Ibovespa. O problema é que as notícias dessa manhã tampouco são positivas para as nossas companhias.

O minério de ferro caiu mais de 3% na China, mais um indício de pessimismo com a economia do país. E isso, claro, afeta a Vale. O petróleo recua mais de 1%, com impacto sobre a Petrobras. É um combo que manda o Ibov para o vermelho. O EWZ, o ETF que representa a bolsa brasileira em Nova York confirma: -0,21% no pré-mercado. Que jeito de fechar janeiro. 

Fonte: Tássia Kastner / VC S.A. – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb

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