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O País segue se tornando cada vez mais feminino. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Dados do IBGE: qual o percentual de mulheres entre as populações branca, parda e preta

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O País segue se tornando cada vez mais feminino. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros.Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a população preta é a única em que o número de homens supera o de mulheres. A pesquisa constatou que a cada 100 mulheres de cor ou raça preta existem aproximadamente 104 homens pretos.

Esse valor supera em quase dez pontos percentuais a média nacional, no qual existem 100 mulheres para cada 94,2 homens. O destaque está para a proporção na Região Norte (122,1).

“É difícil encontrar uma causa única para esse fenômeno. Os habitantes do País passaram a enxergar a cor e raça de um espectro diferente, valorizando mais a miscigenação e a variedade dos tons não brancos.

No meu entendimento, os dados indicam que mais homens se declaram pretos do que mulheres, que optam por se declarar pardas — explica José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e pesquisador aposentado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil tem 203 milhões de habitantes, um número menor do que era estimado pelas projeções. O País segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022).

Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros.

Os dados revelados nesta sexta-feira evidenciam também o crescimento de 42,3% do número de pessoas de cor ou raça preta (aproximadamente seis milhões) em comparação com o estudo anterior do IBGE, realizado em 2010.

O IBGE utiliza o conceito de “raça” como uma categoria socialmente construída na interação social e não como um conceito biológico. Na pesquisa, cada pessoa responde a sua percepção sobre a cor ou raça a que pertence, baseado em critérios como origem familiar, cor da pele, traços físicos, etnia e pertencimento comunitário, entre outros.

Além disso, o instituto afirma que essas cinco categorias estabelecidas na investigação (branca, preta, amarela, parda e indígena) também podem ser entendidas pelo informante de forma variável.

O manual de entrevista do Censo conceitua cada uma das categorias. A pessoa parda, por exemplo, é definida como aquela “que se declarar parda ou que se identifique com mistura de duas ou mais opções de cor ou raça, incluindo branca, preta, parda e indígena”. Já a amarela é definida como “pessoa de origem oriental: japonesa, chinesa, coreana, etc”.

Número de homens para cada 100 mulheres

Brasil

Total – 94,2
Branca – 89,9
Preta – 103,9
Amarela – 89,2
Parda – 96,4
Indígenas – 97,1

Norte

Total – 99,7
Branca – 93,2
Preta – 122,1
Amarela – 84,0
Parda – 99,0
Indígenas – 101,1

Nordeste

Total – 93,5
Branca – 89,1
Preta – 103,2
Amarela – 73,8
Parda – 93,6
Indígenas – 92,9

Sudeste

Total – 92,9
Branca – 88,5
Preta – 99,9
Amarela – 90,5
Parda – 96,9
Indígenas – 90,7

Sul

Total – 95,0
Branca – 92,3
Preta – 104,6
Amarela – 94,4
Parda – 102,2
Indígenas – 98,7

Centro-Oeste

Total – 96,7
Branca – 91,6
Preta – 114,6
Amarela – 89,3
Parda – 97,5
Indígenas – 96,7

Fonte: IBGE / Rede Pampa – Divulgação: scctv.net.br

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