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Ação mira grupo que fornecia armas para confronto na reserva indígena de Cacique Doble

Polícia Federal reprime o comércio ilegal de armas de fogo na Região Norte do Rio Grande do Sul

Polícia

Armas fornecidas por grupo criminoso foram utilizadas em conflitos indígenas na região. Foto: PF/Passo Fundo-Rs

A PF (Polícia Federal) realizou, na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Óplo para desarticular um grupo criminoso investigado por tráfico de armas de fogo e comércio ilegal de armamentos e munições na Região Norte do Rio Grande do Sul.

Os policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão nos municípios de Passo Fundo, Cacique Doble, Ibiaçá, São João da Urtiga, São José do Ouro, Sananduva e Machadinho. Também foram cumpridos três mandados de prisão preventiva nas cidades de Passo Fundo, Cacique Doble e Sananduva.

A investigação começou a partir da prisão em flagrante de um indígena, residente em Cacique Doble, por atos de violência contra policiais da Força Nacional de Segurança.

Os conflitos na Terra Indígena Cacique Doble ocorrem há pelo menos 12 anos, oscilando entre períodos de calmaria e acirramento. A motivação do confronto está ligada ao comando do território. Cerca de 1,3 mil pessoas da etnia Kaigang vivem na reserva.

Atualmente, dois grupos disputam o cacicado. A mais recente onda de violência teve início em agosto de 2022, quando quatro indígenas foram vítimas de tentativas de homicídio por disparos de armas de fogo. Durante a investigação da PF, três membros do grupo que liderava a reserva foram presos preventivamente. Após as prisões, houve o estabelecimento de uma nova liderança, mas as guerras continuaram.

Com o avanço da apuração, a PF identificou a existência de um grupo criminoso envolvido no comércio ilegal de armas de fogo e munições, com conexões com a região de fronteira do Brasil com o Paraguai, onde parte do armamento seria adquirida para posteriormente abastecer o mercado ilegal da Região Norte do Rio Grande do Sul.

As evidências também indicam que as armas fornecidas pelo grupo foram utilizadas em conflitos indígenas na região. A operação contou com o apoio do 3º Batalhão de Choque da Brigada Militar de Passo Fundo e do Exército Brasileiro.

Fonte: Comunic. Social PF/Passo Fundo – Divulgação: scctv.net.br/Rádio Giramundoweb

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